Vacina mRNA da Moderna em Macau só para 2022

FOTOGRAFIA: EPA

Isto, claro está, se as autoridades sanitárias locais optarem por adquirir outra marca para além das já existentes: a chinesa Sinopharm e a alemã BioNTech. A Zuelllig Pharma, parceiro sediado em Singapura, responsável pela distribuição, aprovações regulatórias e contratos de compra de vacinas mRNA da Moderna contra a Covid-19 nos mercados do Sudeste Asiático, Hong Kong, Macau e Taiwan, revelou ontem que os pedidos regionais para a vacina foram quase totalmente reservados para este ano.

“Muitas das transacções que estão a ser feitas hoje serão para 2022, porque o fornecimento da vacina Moderna já está praticamente esgotado para 2021”, disse o CEO da Zuellig, John Graham, à Reuters, recusando-se a fornecer detalhes sobre negociações ou acordos, alegando confidencialidade.

Ainda assim, o responsável disse que deverá haver alguma disponibilidade no final deste ano. “Mas deve-se supor que, se alguém está a começar a negociar hoje, está já a pensar em 2022”, vincou, assumindo que a situação pode mudar dependendo da dinâmica da oferta.

Os esforços de aquisição da Moderna foram acelerados por um surto de coronavírus nos últimos meses que exacerbou epidemias teimosas na Indonésia, Malásia e Filipinas e testou autoridades na Tailândia, Vietname, Camboja e Singapura, onde os surtos anteriores foram rapidamente contidos.

Singapura, Filipinas, Tailândia e Taiwan estão entre os que procuraram ou fecharam negócios para a Moderna ou já começaram a receber lotes de vacinas. “Mas também há países ou regiões que já estão a comprar vacinas de reforço para 2022-2023”, admitiu o CEO da Zuellig.

Um estudo publicado nesta segunda-feira indica que as vacinas mRNA contra a Covid-19 produzidas pelas farmacêuticas BioNTech e Moderna podem desencadear uma resposta imunológica persistente que garantiria uma protecção a longo prazo contra a doença, caso a evolução de variantes não mude significativamente. O estudo foi realizado, pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos da América, com 41 pessoas e publicado na conceituada revista Nature.

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