Caesar DePaço pediu exoneração do cargo de cônsul honorário de Cabo Verde

A explicação foi dada ao PONTO FINAL pelo advogado do empresário português, Rui Barreira, que considera “falsas e sem qualquer sustentação” as acusações que têm vindo a público nos últimos dias sobre o seu constituinte.

Foi o empresário português radicado nos EUA, Caesar DePaço, quem pediu a exoneração do cargo de cônsul honorário de Cabo Verde na Flórida e não o contrário. O pedido foi aceite pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades daquele país africano, Rui Alberto de Figueiredo Soares, conforme documento comprovativo enviado ao PONTO FINAL pelo advogado do empresário, Rui Barreira. “Não foi o Dr. Caesar DePaço que foi exonerado de Cônsul Honorário de Cabo Verde. Foi o Dr. DePaço que solicitou a sua exoneração a 12 de Janeiro de 2021”, explicou o causídico, que acrescentou que a decisão prende-se com o intuito de evitar que o empresário seja “alvo de lutas político partidárias em Cabo Verde”.

Rui Barreira mostra-se agastado com a imprensa portuguesa, principalmente depois de uma reportagem que a SIC transmitiu este mês, fazendo alusão a Caeser DePaço. “E curioso é que nenhum jornalista até hoje tenha verificado tudo o quanto tem feito o Dr. Caesar DePaço pela comunidade portuguesa. Seis anos de um consulado a servir os portugueses, com as máximas condições, integralmente pago pelo Dr. Caesar DePaço tem como resposta do seu país de origem este tratamento, o que é perfeitamente demonstrativo da crise de valores em que assenta a sociedade portuguesa”.

Em relação à questão relacionada com o perfil de Caeser DePaço no Wikipédia, avançada pela rádio Renascença, no passado dia 26 de Janeiro, que “está no centro de uma disputa”, Rui Barreira é peremptório. “As recentes referências existentes na página Wikipédia do Dr. Caesar DePaço são simplesmente falsas, meramente baseadas em factos construídos em insinuações e especulações, sem qualquer adesão à realidade e sem a apresentação de uma única prova”, explica, acrescentando: “São realizadas por pessoas mal intencionadas, com intuitos perigosos e de outra índole que não a verdade, com a intenção de denegrir e ferir a honorabilidade de um homem integro, honesto e de uma solidariedade inigualável com os portugueses”.

Advogado desconhece contumácia

Ao mesmo tempo, o advogado explica que, na questão da contumácia, avançada na reportagem da SIC, “é proferida no caso de não se conseguir notificar o arguido”. “Segundo o jornalista da SIC que não demonstrou qualquer documento, a acusação é de 1991, época que se comprova que o Dr. Caesar dePaço trabalhava para o Estado Português, em Macau”, conforme documento a que o PONTO FINAL teve acesso e publicou na sua edição do passado dia 27. Caeser DePaço passou por Macau no início da década de 1990, tendo sido técnico superior na Direcção dos Serviços de Turismo.

Rui Barreira enviou também para a nossa redacção duas cópias de passaportes, datados de 1995 e de 1999, emitidos pelo Estado português, tirados “dentro do suposto período de contumácia” que a reportagem da SIC avançou e onde afirmou que o empresário andou foragido à justiça portuguesa. O causídico defende que esses passaportes comprovam que foram emitidos documentos oficiais, desmentindo assim as notícias que têm vindo a público. “A existir contumácia se deve a erros judiciários e não a qualquer suposto desaparecimento que só cabe na cabeça daqueles que pretendem criar factos para poder atingir a honorabilidade do Dr. Caesar DePaço”.

É conhecida a faceta filantrópica de Caeser DePaço. O empresário tem, ao longo dos anos, feito doações às mais diversas instituições que passaram, por exemplo, por donativos aos Bombeiros Voluntários de Carnaxide e Bombeiros Voluntários de Alvaiázere, bem como a doação de 60 tablets a crianças carenciadas do agrupamento EB 2,3 Dom Pedro IV no Mindelo, em Vila do Conde, ou até mesmo a doação de uma unidade canina à RAID, força de elite da  Polícia Nacional da França logo após o ataque terrorista em França em Novembro de 2015, entre outras doações. 

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