John Mo conhece sentença a 15 de Fevereiro

Fotografia: UMAC

O antigo director da Faculdade de Direito da Universidade de Macau, acusado de violar uma estudante universitária, vai conhecer a sua sentença a 15 de Fevereiro. Ao PONTO FINAL, Oriana Pun, advogada de John Mo, confirmou que o julgamento terminou na passada sexta-feira.

Catarina Vila Nova

Catarinavilanova.pontofinal@gmail.com

A leitura da sentença de John Mo, antigo director da Faculdade de Direito da Universidade de Macau, está marcada para 15 de Fevereiro, revelou Oriana Pun, advogada de defesa do arguido, ao PONTO FINAL. Por o julgamento ter decorrido à porta fechada, na passada sexta-feira, a causídica apenas afirmou que defendeu “a inexistência do crime acusado”. O ex-professor respondeu em tribunal por alegadamente ter violado uma estudante universitária da China continental, encontrando-se em prisão preventiva desde finais de Junho.

“Só posso dizer que defendemos a inexistência do crime acusado”, afirmou Oriana Pun, em declarações ao PONTO FINAL, confirmando que o julgamento decorreu à porta fechada e que começou e terminou na passada sexta-feira. De acordo com a Rádio Macau, só na parte da manhã tinham sido ouvidas 10 testemunhas no Tribunal Judicial de Base. Entre elas estão a deputada de Hong Kong Priscilla Leung, professora associada da Faculdade de Direito da City University de Hong Kong, onde trabalhou John Mo, e Shui Bing, professor da Faculdade de Direito da UM.

O caso envolve mais dois arguidos, Lei Iok Pui e Yang Manman, defendidos em tribunal por Mak Heng Ip e Ho Wai Chun, que, segundo a Rádio Macau, estão acusados de violação e omissão. O crime de violação é punido com pena de prisão entre três a 12 anos. A leitura da sentença ficou marcada para 15 de Fevereiro.

Em Junho do ano passado foi tornado público que John Mo, então director da Escola de Pós-Graduação da Universidade de Macau, estava a ser investigado por alegadamente ter violado uma estudante universitária do interior da China. Em poucos dias, o caso foi encaminhado para o Ministério Público, tendo sido aplicada como medida de coacção a prisão preventiva “tendo em consideração a gravidade dos factos participados do arguido e as circunstâncias concretas do respectivo inquérito”, explicou, na altura, o organismo. O arguido chegou a interpor recurso da medida de coacção aplicada, que foi rejeitado pelo Tribunal de Segunda Instância.

No mesmo dia em que foi conhecido que John Mo era suspeito do crime de violação, a UM emitiu um comunicado em que dizia ter despedido o professor e garantia ter já apresentado um relatório ao secretário para os Assuntos Sociais e Cultura. “Como o caso não aconteceu no campus da UM, a UM só tomou conhecimento depois de ser informada. A UM tem vindo a implementar uma política de ‘tolerância zero’ em relação a quaisquer infracções”, disse, na altura, a instituição.

 

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