Instalação “Macau. Diálogos Sobre Arquitectura e Sociedade” na Impromptu

A proposta da parceria entre a Impromptu Projects e a Babel Organização Cultural é a de criar uma instalação a partir do livro-objecto e da palavra-som, que em confluência experimental deixam de ser o objecto de estudo original para ser o próprio objecto artístico.

Gonçalo Lobo Pinheiro

goncalolobopinheiro.pontofinal@gmail.com

A Impromptu Projects e a Babel Organização Cultural apresentam uma intervenção cultural inédita constituída por 3 partes simultâneas, na Impromptu Storefront. A inauguração decorrerá na quarta-feira, dia 26 de Maio, às 18h30 na Impromptu Storefront e ficará patente ao público até 15 de Julho.

A Impromptu Storefront é um novo espaço cultural, uma galeria conceito sem fins lucrativos, que está aberta 24 horas, sete dias por semana, baseada num modelo de exposição inovadora para mostrar intervenções comissariadas a artistas estrangeiros.

O objectivo da Impromptu Projects, dona do espaço, é “provocar e estimular a consciência pública, abordando questões locais e globais, bem como valores pessoais e universais”, por isso, “pretende-se fomentar e contribuir para o discurso do pensamento crítico com projecções, painéis de discussão e apresentação de livros”.

A Babel entra nesta joint-venture com a apresentação de “Macau. Diálogos Sobre Arquitectura e Sociedade”. Trata-se de um livro com diálogos sobre arquitectura e sociedade, editado em 2019, que explora o recente desenvolvimento de Macau, gerando novo conhecimento sobre o território e regiões vizinhas, cruzando temas como arquitectura, cidade, fronteira, memória, representação e história.

A edição inglesa do livro é composta por entrevistas realizadas por Tiago Saldanha Quadros e com fotografias de Ieong Man Pan. A edição portuguesa tem como editores Tiago Saldanha Quadros e Margarida Saraiva, com fotografias de Nuno Cera e publicado pela Circo de Ideias

Trata-se de um livro que reúne um conjunto de entrevistas a Hendrik Tieben, Thomas Daniell, Mário Duque, Wang Weijen, Diogo Burnay, Jianfei Zhu, Jorge Figueira, Werner Breitung e Pedro Campos Costa. Os dois livros estarão à venda no dia e local da referida apresentação.

Por fim, o resultado final desta parceria revela uma instalação site-specific. Os organizadores lançam para o ar diversas questões: “Como expor um livro, objecto concebido para ser lido? Como desmaterializar a sua forma, o seu conteúdo? Poderá um livro tornar-se uma obra de arte? Aqui, o livro torna-se apenas volume e forma, enquanto que as entrevistas se transformam numa multitude de sons a partir dos quais é possível produzir novos significados. Será isto ainda um livro? Ou será antes um livro num processo de transformação para passar a ser outra coisa qualquer?”

De acordo com a nota de imprensa enviada às redacções, a intervenção “consiste na criação de uma instalação a partir do livro-objecto e da palavra-som que em confluência experimental deixam de ser o objecto de estudo original, para ser o próprio objecto artístico”.

A direcção artística do evento é de João Ó e Rita Machado, e a curadoria da responsabilidade de Tiago Saldanha Quadros e Margarida Saraiva. A sonoplastia e instalação sonora foram concebidas por Rui Farinha.

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