Caso TDM chega ao Governo Sombra

O caso das directrizes da Teledifusão de Macau (TDM) e da liberdade de imprensa no território foram um dos temas abordados por Ricardo Araújo Pereira, João Miguel Tavares e Pedro Mexia no programa da SIC Notícias, “Governo Sombra”.

O assunto foi levado para a discussão por Ricardo Araújo Pereira, que se dizia “bi tzuei”, ou seja, “calado”, em português. O humorista recordou as indicações dadas aos jornalistas portugueses da TDM no passado dia 10 de Março e salientou que a Lei Básica de Macau deixa claro que os residentes gozam de liberdade de expressão e imprensa. “Se a China não cumprir isto que está acordado com Portugal e que é obrigada a cumprir até 2049, em princípio não acontece nada”, ironizou.

João Miguel Tavares considerou o caso “evidentemente preocupante”. O jornalista indicou que a indignação face à situação é justa e deve ser noticiada em Portugal, mas também ele falou na incapacidade de resposta de Portugal caso a China não cumpra o que está estabelecido até 2049: “E se a mini-constituição que foi aprovada e que vigora até 2049 não for cumprida pelas autoridades chinesas, o que é que Portugal vai fazer? A resposta é ‘nada’”. “Nós nem para a Hungria conseguimos fazer nada, quanto mais na China”, referiu.

A posição foi partilhada também por Pedro Mexia. “É evidente que Portugal tem de noticiar, protestar, fazer pressão”, indicou, concluindo que, no entanto, “a China fará o que quiser”. Pedro Mexia recordou já ter estado no Festival Rota das Letras, em Macau, e indicou que, ao longo dos anos, já se vinha sentido um “apertar das liberdades”.

A.V.

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