O secretário-geral do Fórum Macau explicou que a iniciativa pode ajudar os empresários a encontrarem soluções para os países mais afectados pela actual conjuntura económica internacional. O Brasil, Angola e Portugal podem ficar a ganhar com um reforço das relações com a China, defendeu o responsável.
O colóquio destinado às pequenas e médias empresas dos Países de Língua Portuguesa, organizado pelo Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, chegou ontem ao fim, com a atribuição de certificados aos participantes. No final, o secretário-geral do Fórum Macau explicou que faz cada vez mais sentido organizar este tipo de certames, principalmente quando se procura uma resposta para o abrandamento da economia global.
“O momento é muito difícil para a generalidade dos países. Neste sentido é preciso que todos os empresários consigam desenvolver os seus negócios e tentem ajudar a economia. Eventos como este permitem que, por exemplo, os empresários dos Países de Língua Portuguesa e da China fiquem a conhecer bem as oportunidades de negócio existentes entre eles”, disse ontem Chang Hexi.
Os países de língua portuguesa têm sido alguns dos mais afectados pela actual conjuntura económica global. Angola pediu recentemente auxilio ao Fundo Monetário Internacional, Portugal saiu há pouco tempo de um programa de auxílio financeiro e o Brasil registou uma quebra na economia de 3,8 por cento em 2015.
“Eventos como este que fomentam a cooperação mútua precisam de ser promovidos regularmente. É por isso que quando realizamos sessões no Interior da China, temos sempre uma apresentação sobre o ambiente de negócio nos Países de Língua Portuguesa. Queremos que os empresário no Interior da China conheçam as oportunidades e prioridades destes países”, afirmou o secretário-geral do Fórum Macau.
Durante a cerimónia de encerramento do Colóquio de Capacitação das Pequenas e Médias Empresas dos Países de Língua Portuguesa foram entregues certificados de participação aos 24 representantes dos seis países presentes. Angola não enviou delegados, mas esteve representada pela cônsul-geral na RAEM, Sofia Pegado da Silva.
O evento teve início no dia 15 do corrente mês no território e, além das palestras realizadas, houve também visitas a empresas nas cidades de Jiangmen e Guangzhou, na vizinha província continental de Cantão. O evento contou com a parceria da Universidade Cidade de Macau, que supervisionou o programa do evento.
“Foi uma grande oportunidade para nós porque somos especialista nas área das humanidades e ciências sociais e estamos muito comprometidos com a promoção das relações entre a China Interior e os Países de Língua Portuguesa”, frisou Shuguang Zhang, reitor da Universidade Cidade de Macau.
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