Comércio entre a China e países de língua portuguesa voltou a cair

Continuam em queda, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa. No primeiro mês do ano, o comércio entre ambos os blocos económicos totalizou os 6,15 mil milhões de dólares, menos 24,38 por cento do que em igual período do ano passado.

1.China Palops

O valor das trocas comerciais entre a República Popular da China e os países de língua portuguesa caiu 24,38 por cento em Janeiro, face ao mesmo mês do ano passado, totalizando 6,15 mil milhões de dólares, indicam dados oficiais ontem divulgados.

Dados dos Serviços de Alfândega da China publicados no portal do Fórum Macau, indicam que, comparando com o mês anterior, o comércio entre a China e os países de língua portuguesa recuou 18,69 por cento.

A China adquiriu ao círculo dos países de língua portuguesa bens avaliados em 3,80 mil milhões de dólares – menos 3,69 por cento do que em Janeiro de 2015 – e vendeu produtos no valor de 2,35 mil milhões de dólares, menos 43,9 por cento em termos anuais homólogos.

O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 4,41 mil milhões de dólares, valor que traduz uma queda de 14,72 por cento face a igual período do ano passado.

As exportações da China para o Brasil atingiram 1,68 mil milhões de dólares, traduzindo uma diminuição de 44,36 por cento, enquanto que as importações chinesas totalizaram 2,73 mil milhões de dólares, reflectindo, em sentido inverso, uma subida de 26,82 por cento.

Com Angola, o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia, as trocas comerciais caíram 50,85 por cento, para 1,10 mil milhões de dólares.

Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 156 milhões de dólares – menos 76,68 por cento face a Janeiro de 2015 – e comprou mercadorias avaliadas em 944,1 milhões de dólares, ou seja, menos 39,97 por cento.

Com Portugal – terceiro parceiro da China no universo de países de língua portuguesa – o comércio bilateral ascendeu a 494,6 milhões de dólares – mais 4,41 por cento – numa balança comercial favorável a Pequim, que vendeu a Lisboa bens na ordem de 412,8 milhões de dólares – mais 34,75 por cento – e comprou produtos avaliados em 81,46 milhões de dólares, menos 51,11 por cento.

Em 2015, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 25,73 por cento, atingindo 98,47 mil milhões de dólares, a primeira queda desde 2009.

 

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