Há mais 55 associações candidatas a eleger Chefe do Executivo

As eleições para colégio que vai escolher o próximo líder do Governo arrancam com 13 portugueses e macaenses.

Sónia Nunes

Apesar do aumento de 100 lugares na Comissão Eleitoral do Chefe do Executivo, há apenas mais 55 associações inscritas do que em 2009. O número de pessoas colectivas com direito a voto pelo sector industrial, comercial e financeiro continua abaixo do total de assentos disponível.

As eleições dos membros do colégio eleitoral do Chefe do Executivo estão marcadas para 29 de Junho. O processo começa com a inscrição das associações com capacidade eleitoral que pretendem propor candidatos para os sete grupos de interesse que compõem a comissão de 400 pessoas que irá escolher o próximo líder do Governo. Nas eleições deste ano inscreveram-se 676 organizações, entre as 825 que podiam exercer o direito de propositura e contra as 621 que avançaram em 2009.

A lista dos representantes das associações autorizadas a recolher os boletins de propositura para os membros da Comissão Eleitoral (cada um pode levantar tantos impressos quanto o número de assentos reservados ao sector) foi divulgada na segunda-feira pelos Serviços de Administração e Função Pública. Entre os mandatários das candidaturas, há 13 portugueses e macaenses – menos três do que em 2009.

No subsector da educação, com 21 organizações a lutar por 29 lugares no colégio eleitoral, voltam a destacar-se nos nomes dos ex-deputados José Manuel Rodrigues (Associação Promotora da Instrução dos Macaenses) e João Baptista Leão (Associação de Educação de Adultos de Macau). No grupo dos interesses profissionais, com 43 assentos, a Associação dos Advogados continua a ser representada por Jorge Neto Valente e Mónica Assis Cordeiro volta a dar a cara pela Associação do Pessoal de Enfermagem de Macau.

Rita Santos (Associação dos Trabalhadores da Função Pública) mantém-se pelo subsector do trabalho, com a disputa pelos 59 lugares a ser travada por 60 associações – mais quatro do que em 2009. Na ala dos serviços sociais, com direito a 50 assentos na Comissão Eleitoral, continuam também a figurar os nomes de António José de Freitas (Santa Casa da Misericórdia) e Francisco Manhão (Associação dos Aposentados, Pensionistas e Reformados de Macau), para dar alguns exemplos.

O desporto é o grupo que registou o maior pulo de associações inscritas – 257 para 17 lugares – seguido da cultura. O sector industrial, comercial e financeiro, com maior peso na composição do colégio eleitoral, é o único onde o número de associações interessadas em propor candidatos (81) é mais baixo do que os assentos disponíveis (120).

Cada associação tem direito a um número máximo de 22 votos. Os votantes são escolhidos entre os membros da direcção.

Nas últimas eleições, o número de candidatos propostos acabou por corresponder ao número de vagas disponíveis para os sete grupos de interesse.

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