Instituto Cultural lança colecção com traduções de Eça de Queiroz

1 cultura eça“Espelho do Mar” vai dar a ler autores estrangeiros que escreveram sobre Macau.

Duas obras de Eça de Queiroz vão estar reunidas no primeiro volume de uma colecção em chinês, a ser lançada em Agosto, em Macau e na China Continental, disse à agência Lusa o vice-presidente do Instituto Cultural, Yao Jing Ming.

“Estamos na fase de concretização. O lançamento está previsto para Agosto”, afirmou Yao Jing Ming, à margem de uma palestra sobre “O Livro e os Direitos de Autor”.

A nova colecção, intitulada “Espelho do Mar” – um dos muitos nomes atribuídos a Macau –, resulta de um contrato assinado, este ano, entre o Instituto Cultural de Macau e a chinesa Editora de Literatura do Povo, para a co-edição de autores estrangeiros em Macau e na China Continental.

“A colecção vai integrar escritores que escreveram sobre Macau, incluindo história, crónicas e ficção”, disse Yao Jing Ming.

O primeiro volume da colecção contém duas obras do escritor português Eça de Queiroz: “O Mandarim” e o livro de crónicas “Chineses e Japoneses”. Eça de Queiroz (1845-1900) é dos autores portugueses mais publicado na China.

O primeiro romance de Eça de Queiroz traduzido em chinês foi “O Crime do Padre Amaro”, em 1984, seguindo-se “Os Maias”, “A Cidade e as Serras”, “O Primo Basílio”, “A Relíquia”, “A Capital” e “O Mandarim”.

Yao Jing Ming explicou que as obras da nova colecção serão publicadas em chinês, em duas versões diferentes para Macau e para o interior da China.

“A Editora de Literatura do Povo é muito conhecida e tem uma rede própria de distribuição. É uma experiência nova para nós (Instituto Cultural) e é uma tentativa de ultrapassar obstáculos na distribuição de livros”, sublinhou.

O objectivo, segundo Yao Jing Ming, que também é poeta e tradutor de autores portugueses para língua chinesa, é publicar quatro títulos até Dezembro e dar continuidade ao projecto “Espelho do Mar”, no próximo ano.

“Antologia dos Viajantes Portugueses na China”, com crónicas de Gaspar da Cruz, João de Barros e Fernão Mendes Pinto, escritas nos séculos XVI e XVII, será outro dos volumes da colecção, adiantou.

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