O Governo de Macau anunciou um plano para responder à crise da escassez de leite em pó para bebés no território, a qual definiu como um “incidente no âmbito da saúde pública”.
Ao abrigo do “plano provisório de apoio às mães e bebés”, ao qual aderiram já sete fornecedores de leite em pó a operar no território, o Governo vai criar a partir de hoje uma base de dados com o nome dos bebés que será disponibilizada aos fornecedores e em que fica garantida a venda de um máximo de cinco latas de leite por mês.
A venda, feita a preços de mercado, será realizada directamente pelos fornecedores e visa apenas garantir o fornecimento do leite.
Apesar das quantidades de importação serem normais “razão pela qual o fornecimento deveria poder satisfazer a procura” para os bebés locais, os Serviços de Saúde detectaram problemas no abastecimento pelo que decidiram lançar este plano para garantir que os locais possam ter o leite em pós necessário.
Os pormenores do programa foram apresentados na tarde de sexta-feira Serviços de Saúde e Conselho de Consumidores, após uma decisão saída de um encontro interdepartamental presidida pelo chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On.
Num comunicado, o gabinete do porta-voz do Governo indica que, nessa reunião, concluiu-se que “a situação está afectar a saúde dos bebés de Macau, classificando-se como um incidente no âmbito da saúde pública”, levando o Governo a lançar o referido plano, uma “medida de curto prazo, a fim de garantir leite em pó aos residentes de Macau”.
O chefe do Executivo sublinhou estar “empenhado em garantir que os residentes de Macau tenham prioridade na compra de leite em pó”.
A escassez de leite em pó nas prateleiras das farmácias e supermercados de Macau é atribuída ao grande consumo por parte dos milhares de turistas do interior da China compram várias embalagens, pois mantêm o receio de comprar onde vivem atendendo aos escândalos do leite contaminado.
Chui Sai On afirmou que os serviços estão a acompanhar de perto a situação de oferta e procura de leite em pó, assegurando que vão manter contactos com fornecedores e com os vendedores a retalho, de modo a “garantir a estabilidade na oferta” e a reforçar a fiscalização.
Neste âmbito, os Serviços de Alfândega “irão estar mais atentos a situações de ‘turistas’ que se desloquem ao outro lado da fronteira”.