
Os investimentos locais em infra-estruturas da China, através do Fundo de Investimento Guangdong – Macau, estão entre as prioridades dos deputados, sendo um dos temas que a Comissão dos Assuntos de Finanças Públicas da Assembleia Legislativa (AL) pretende acompanhar nos próximos meses, noticiou ontem a Rádio Macau.
No início do ano, recorde-se, o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, garantiu uma taxa de juro de 3,5% sobre o valor investido em qualquer cenário, havendo ou não prejuízos, uma situação que os deputados pretendem confirmar. “Temos de saber se há ou não lucros. A importância do fundo não é pouca: são 20 mil milhões de renmimbi”, referiu Mak Soi Kun, presidente da comissão.
A Autoridade Monetária referiu, na última apresentação sobre o fundo na Assembleia Legislativa, que o plano passa numa primeira fase por investir dois mil milhões de renmimbi e, em doze anos, aumentar o capital até 20 mil milhões.
Os deputados aguardam desde Junho por projecções e dados sobre os programas de investimento, mas Mak Soi Kun acredita que a comissão vai ter acesso à informação. “Nesta legislatura, as informações sobre as finanças públicas têm sido muito mais significativas do que anteriormente. Chegámos a ter reuniões sem qualquer informação”, indicou o deputado, em declarações publicadas pela Rádio Macau.
Os deputados aguardam também mais informações sobre o Fundo de Desenvolvimento Industrial e de Comercialização (FDIC), que voltou à ordem do dia por causa do polémico empréstimo à Viva Macau, em 2009.
A Comissão pede agora dados mais detalhados sobre todos os casos de crédito mal parado. “A demonstração financeira por ordem cronológica é um documento muito importante e que nos interessa muito”, afirmou Mak Soi Kun. Na última sessão legislativa, recorde-se, o debate na comissão sobre o FDIC levou o Governo a pedir uma investigação criminal sobre os empréstimos à Viva Macau.