O realizador norte-americano Martin Scorsese manifestou ontem, em Tóquio, admiração pelos “kakure kirishitan”, os cristãos escondidos japoneses, torturados pelas autoridades nipónicas no século XVII.
“Sinto uma grande admiração pela sua coragem e determinação”, disse o realizador, durante a apresentação do filme “Silêncio” no Japão, onde estreia no sábado.
Scorsese admitiu que apresentar este filme naquele país “era como um sonho tornado realidade”, depois de “uma peregrinação” pessoal de mais de 20 anos.
Baseado na obra com o mesmo nome do japonês Shusako Endo (1923-1996), publicada em 1966, “Silêncio” narra o desespero dos missionários jesuítas portugueses no século XVII perante o silêncio de Deus como resposta às torturas das autoridades japonesas sobre os cristãos.