Governo propõe agravamento de penas para crimes informáticos

Se, por um lado, a criminalidade informática continua a constituir-se um problema no território, a questão da entrada de veículos de Macau na Ilha da Montanha caminha a passos largos para uma solução. A garantia foi dada por Wong Sio Chak durante o debate das LAG para a área da Segurança, que ontem decorreu no hemiciclo.

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Durante a tarde de ontem, no debate de apresentação das Linhas de Acção Governativa para 2017 da Área da Segurança, o Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, defendeu que um dos principais motivos que põe em causa a segurança das redes informáticas do território é a falta de penas graves quando um crime é praticado.

O Governante mostrou-se partidário da ideia de que um eventual agravamento das penas pode ter o condão de contribuir para o decréscimo do crime cibernético, a par do fortalecimento do centro de combate à criminalidade informática.

O organismo tem como propósito promover a “segurança dos serviços públicos, da população e dos demais serviços relevantes”, referiu Wong Sio Chak. Entre as entidades abarcadas pela âmbito de abrangência do organismo o secretário para a Segurança destaca os bancos, o Aeroporto Internacional de Macau, os hospitais ou a CEM. Ao organismo deverá pertencer a responsabilidade de conduzir uma “avaliação dos riscos”, à medida que são introduzidos “mais instrumentos de alta tecnologia” para proteger os usuários.

O secretário para a Segurança pronunciou-se também relativamente aos casos de chantagem associados a práticas de sexo virtual. Wong Sio Chak sustenta que “as vítimas estão conscientes dos riscos” e que as “pessoas caem neste tipo de armadilha voluntariamente”. O Governo tem vindo a desenvolver campanhas de sensibilização da população, mas Wong Sio Chak mostrou-se céptico quanto ao sucesso de eventuais trabalhos de sensibilização.

O secretário sublinhou ainda que “sem segurança informática, não há segurança pública”.

 

Para a Montanha, rapidamente e em força

 

Os carros com matrícula de Macau vão poder passar a circular na Ilha da Montanha a partir do dia 20 de Dezembro, confirmou ontem o Governo.

O anúncio foi feito pelo secretário para a Segurança. Wong Sio Chak lembrou que desde que a negociação com a China passou para a sua tutela (estava anteriormente com o secretários dos Transportes e Obras Públicas), este ano, reuniu com vários representantes da província vizinha de Guangdong: “A 21 de Junho assinámos um acordo sobre a entrada de veículos de Macau na Ilha da Montanha. Em Julho o nosso grupo especializado encetou diálogo com serviços congéneres de Zhuhai [cidade a que pertence a Ilha da Montanha]. Arranca a 20 de Dezembro. Daqui a dois dias o governador de Zhuhai vai falar connosco para os acordos finais”, disse.

Devido à escassez de espaço, Macau tem vindo a ocupar território na Ilha da Montanha. Em 2013 começou ali a funcionar a Universidade de Macau, numa área de um quilómetros quadrado que fica sob jurisdição de Macau durante os 40 anos do arrendamento.

Na Ilha da Montanha funciona também o Parque Industrial de Cooperação Guangdong-Macau, onde operam projectos de Macau. No ano passado o Governo anunciou, por exemplo, a criação de um apoio financeiro para jovens de Macau que pretendam abrir negócios na zona. Este ano abriu a primeira ‘joint venture’ entre escritórios de advogados de Macau, Hong Kong e China e o banco BNU planeia abrir até ao final do ano uma sucursal na Ilha da Montanha.

Apesar de Macau ser uma Região Administrativa Especial da China, os carros com matrícula de Macau não podem entrar no continente chinês livremente, só podendo cruzar a fronteira aqueles que têm dupla matrícula.

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