O primeiro-ministro português, António Costa, afirmou ontem que as contrapartidas do investimento chinês em Portugal são evidentes, porque vão valorizar a economia portuguesa com a criação de emprego, a estabilização do sistema financeiro e mais capacidade de produção industrial.
António Costa falava aos jornalistas no final da recepção à comunidade portuguesa, na residência consular, depois de confrontado com declarações ontem proferidas pelo Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa referiu-se à importância estratégica das relações entre Portugal e a China, mas advertiu a seguir que “é evidente que não há almoços grátis e estas escolhas estratégicas têm contrapartidas a prazo”.
Confrontado com estas afirmações proferidas pelo chefe de Estado, o primeiro-ministro disse que não iria comentar declarações que desconhecia: “Não vou comentar declarações que desconheço, mas acho que as contrapartidas são óbvias”, sustentou António Costa.
De acordo com o primeiro-ministro, em primeiro lugar, com o investimento chinês, “há uma contrapartida da valorização da nossa economia, com criação de emprego, estabilização do nosso sistema financeiro e potenciação da capacidade de produção industrial”.
“Isto vão ser os resultados futuros da sementeira que andámos a fazer. Acho que o terreno está fértil para essa sementeira, não só para consolidar os investimentos que já existiram no passado, como também em termos de projectos para futuro”, disse.