O Museu de Macau recebe a partir de amanhã uma exposição sobre a segunda filha de Sun Yat-Sen. A mostra é fruto de um esforço conjunto entre cinco museus do território, de Hong Kong e de Cantão.
Cinco espaços museológicos de Macau, de Hong Kong e da vizinha província continental de Cantão uniram esforços para dar corpo a uma das mais completas exposições sobre a vida e o legado de Sun Wan, a segunda filha do “pai da China moderna”, Sun Yat-sen.
A mostra, que estará a partir de amanhã patente ao público no Museu de Macau, tem por base artefactos que pertenceram a Sun Wan e ao seu marido, Tai Ensai.
Filha de Sun Yat-sen e da sua segunda mulher, Lu Muzhen, Sun Wan só conheceu o pai com cinco anos, já durante o período da Revolução que culminou com a instauração da República da China.
A segunda filha de Sun Yat-sen estudou nos Estados Unidos e radicou-se em Macau, após o casamento com Tai Ensai. Próximo do “pai da China moderna”, Tai Ensai completou os estudos superiores nos Estados Unidos, tendo regressado à China para desempenhar funções ao serviço do Governo.
Após a morte de Sun Wan e de Tai Ensai, o espólio pertencente ao casal foi recolhido por várias instituições e entidades museológicas de Cantão, de Hong Kong e de Macau. Os objectos permaneceram dispersos até há muito pouco tempo e voltaram a ser reunidos por iniciativa do Instituto Cultural, do Departamento de Lazer e Serviços Culturais de Hong Kong e de uma mão cheia de outras entidades. Patente ao público até 10 de Janeiro, a mostra agrupa objectos pertencentes ao espólio de cinco museus das duas regiões administrativas especiais e da província de Cantão. Entre os objectos expostos estão uma máquina fotográfica Kodak pertencente a Tai Ensai e um Dicionário Mundial Conciso Inglês-Chinês a que Sun Wan recorria com frequência.
Depois de ter estado exposta em Shenzhen, em Cantão e em Hong Kong, a mostra chega agora a Macau com uma particularidade: a fim de manter a exposição o mais interessante possível para os eventuais visitantes, o Museu de Macau expõe pertences e objectos que não foram exibidos em nenhuma das outras cidades por onde a iniciativa já passou.
A exposição não é, de resto, a única actividade cultural relacionada com a vida e o legado de Sun Wan a ter o território como palco nos próximos meses. A 10 de Outubro, o auditório do Museu de Macau recebe um seminário sobre os valores de família do clã Sun. A 14 de Novembro, o recinto acolhe uma outra palestra, alusiva à vida da segunda filha do “pai da China Moderna”. Num comunicado de imprensa enviado às redacções, o Museu de Macau adianta que hoje, e excepcionalmente, permanecerá aberto apenas até às quatro da tarde para que a instalação da mostra seja finalizada.